Por Andréa Pessoa_Recife, PE
As mídias sociais promoveram as condições ideais para que qualquer internauta tenha
voz no ambiente global. Isso muda tudo, inclusive os modelos científicos da
comunicação contemporânea. O internauta deixou de ser mero observador passivo
para se tornar produtor da notícia, multiplicador de informações ou até mesmo
influenciador digital.
Além de digital, o cenário contemporâneo de comunicação é aberto, em rede,
hiperconectado, globalizado, virtualizado. Ele é o contraponto do mundo anterior:
analógico, fechado, sem comunicação externa.
As diversas especificidades dos meios digitais trouxeram novas possibilidades, como
hipertextualidade, interatividade, multimidialidade ou convergência, personalização,
atualização contínua, memória e tactilidade, esta última incluída recentemente
visando às interfaces móveis. Nesta perspectiva, novos paradigmas da comunicação
surgem e muitas novidades precisam ser pesquisadas e experienciadas.
Os pesquisadores Davenport e Beck dizem que há um cenário da “economia da
atenção”. “Quem não tem, quer tê-la. Aqueles que já têm, querem ainda mais” (2002,
pág.3). Neste momento de hipercomunicação, os estímulos atuais são visuais. Para os
estudiosos, no mundo inundado pela informação na contemporaneidade, o recurso
mais escasso não é a ideia ou mesmo talento: é a atenção.